Programa Socioemocional e sua importância nos dias de hoje
Por Talita Camargo - Consultora de Marketing
Por Talita Camargi - Consultora de Marketing
O Líder em Mim é um programa socioemocional desenvolvido para crianças e jovens em idade escolar. Ele é baseado nos princípios de liderança apresentados por Stephen Covey em seu livro "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" e tem como objetivo ajudar os estudantes a desenvolver habilidades de liderança, autodisciplina, responsabilidade, empatia e resolução de problemas.
O programa foi criado em 1999 pela FranklinCovey Education, uma divisão da FranklinCovey Co., e é usado em mais de 4 mil escolas em todo o mundo. Ele é implementado por meio de uma abordagem integrada, na qual os princípios de liderança são incorporados em toda a cultura escolar, incluindo o currículo, as atividades extracurriculares e o ambiente físico.
O programa Líder em Mim enfatiza a importância de ensinar habilidades socioemocionais tão importantes quanto as habilidades acadêmicas. Ele ajuda os estudantes a desenvolverem um senso de propósito, valores e confiança em si mesmos, além de promover a comunicação e colaboração entre alunos e professores.
O programa também fornece aos professores ferramentas e recursos para apoiar a implementação dos princípios de liderança em suas salas de aula e práticas pedagógicas. Ele ajuda a criar um ambiente escolar positivo, onde os estudantes são incentivados a assumir a responsabilidade por seu próprio aprendizado e bem-estar emocional.
Em resumo, o programa Líder em Mim é uma abordagem inovadora e eficaz para o desenvolvimento socioemocional de crianças e jovens em idade escolar, que pode ajudá-los a se tornarem líderes positivos e bem-sucedidos em suas vidas pessoais e profissionais.
Um programa socioemocional é efetivo nas ações internas de uma escola por diversos motivos, especialmente nos dias atuais, em que a saúde mental e emocional dos estudantes e professores é uma preocupação cada vez mais premente. Aqui estão algumas razões pelas quais um programa socioemocional pode ser benéfico para uma escola:
Ajuda a criar um ambiente escolar positivo: Ambiente onde os estudantes se sentem valorizados, apoiados e respeitados. Isso pode levar a uma melhoria no comportamento, no engajamento dos estudantes e na qualidade do aprendizado;
Desenvolve habilidades de liderança e resolução de problemas: Um programa socioemocional, como o Líder em Mim, pode ajudar os estudantes a desenvolver habilidades de liderança, resolução de problemas, comunicação e colaboração. Essas habilidades podem ser úteis não apenas na escola, mas também na vida profissional e pessoal;
Melhora a saúde mental e emocional: Pode fornecer aos estudantes e professores ferramentas e estratégias para lidar com o estresse, a ansiedade e outros desafios emocionais. Isso pode ajudá-los a se sentir mais seguros e confiantes em suas habilidades de enfrentamento;
Promove a igualdade e inclusão: Enfatizando a importância da empatia, da compaixão e do respeito pelas diferenças. Isso pode ajudar a criar um ambiente escolar mais diverso e acolhedor para todos os estudantes;
Melhora a relação entre estudantes e professores: Criando um ambiente mais colaborativo e de apoio mútuo. Isso pode levar a um maior engajamento dos estudantes e melhorar a qualidade do aprendizado.
Em resumo, um programa socioemocional pode ser efetivo nas ações internas de uma escola porque ajuda a criar um ambiente escolar positivo, desenvolve habilidades de liderança e resolução de problemas, melhora a saúde mental e emocional, promove a igualdade e inclusão e melhora a relação entre estudantes e professores. Esses benefícios podem contribuir significativamente para o bem-estar e o sucesso dos estudantes e professores.
Stephen Covey nasceu em 24 de outubro de 1932 em Salt Lake City, Utah, nos Estados Unidos. Covey graduou-se na Universidade de Utah com um diploma em Administração de Empresas. Ele obteve seu Mestrado em Administração de Empresas na Harvard Business School e um doutorado em Administração de Empresas na Brigham Young University..
Covey era um autor de renome e palestrante motivacional. Ele escreveu vários livros de autoajuda e liderança, incluindo "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", que foi publicado pela primeira vez em 1989. O livro se tornou um best-seller internacional e vendeu mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo.
Os 7 hábitos do líder em mim são um conjunto de princípios de liderança apresentados por Stephen Covey. Esses hábitos foram adaptados para crianças e jovens:
Seja proativo: Enfatiza a importância da iniciativa e da responsabilidade pessoal. Os líderes devem assumir a responsabilidade por suas escolhas e ações, e não culpar os outros por suas falhas;
Comece com um objetivo em mente: Destaca a importância de ter uma visão clara e definida do que se deseja alcançar. Os líderes devem planejar com antecedência e estabelecer metas realistas para si mesmos e para suas equipes;
Primeiro o mais importante: Enfatiza a importância de priorizar as tarefas mais importantes e urgentes. Os líderes devem ser capazes de identificar o que é mais importante é concentrar sua energia e atenção nele;
Pense ganha-ganha: Enfatiza a importância da colaboração e do trabalho em equipe. Os líderes devem procurar soluções que beneficiem todas as partes envolvidas e não apenas a si mesmos;
Procure primeiro compreender, depois ser compreendido: Destaca a importância da comunicação eficaz. Os líderes devem ouvir ativamente os outros e tentar entender suas perspectivas antes de tentar se fazer entender;
Crie sinergia: Enfatiza a importância da colaboração criativa e do trabalho em equipe. Os líderes devem procurar formas de combinar as habilidades e talentos de sua equipe para criar algo maior do que a soma das partes.
Afine o instrumento: O sétimo hábito destaca a importância da melhoria contínua. Os líderes devem dedicar tempo e esforço para se desenvolverem pessoal e profissionalmente, a fim de se tornarem cada vez mais eficazes como líderes.
Segurança / Confiança X Insegurança / pânico
Luciano Lima - Diretor Adm
Prezadas famílias,
Solicitamos a todos que leiam com atenção este comunicado e assistam o vídeo que vai no link abaixo (referente à pesquisa da UNICAMP) para que possamos retomar a tranquilidade necessária ao desenvolvimento de nosso trabalho, para o bem de toda a nossa comunidade escolar.
Em razão dos últimos trágicos acontecimentos envolvendo escolas no Brasil e também no exterior, os órgãos de segurança pública foram novamente acionados para empreender medidas preventivas, que são muito bem vindas, mas sabemos que nunca serão 100% eficazes para impedir que coisas assim aconteçam.
Este texto não tem a intenção de proporcionar uma tranquilidade definitiva a quem quer que seja, até porque, obviamente isto não é possível, mas apenas conclamar a todos para uma reflexão e conscientização do papel de cada um neste cenário.
Aos entes governamentais, às instituições e à sociedade em geral, cabe, através de estudos e investigações, apurar os casos das tragédias ocorridas, entender o que levou as pessoas a agirem de forma violenta e desumana, agir preventivamente e punir os responsáveis.
Aos dirigentes das instituições de ensino e também de outras instituições, como igrejas, estabelecimentos comerciais, estações de metrô etc., que também já foram alvo de ataques terroristas, cabe rever constantemente seus protocolos de segurança, incluindo o treinamento de pessoal para saber como agir em situações de emergência.
As autoridades ainda não identificaram a origem das prováveis “fake news” que agora vem fomentando o pânico nas comunidades escolares, mas sabemos que, quem quer que seja, infelizmente está conseguindo espalhar o pânico, pois na medida em que repassamos mensagens recebidas sem o conhecimento de sua autoria, ainda que seja na boa intenção de alertar, na verdade, estamos ajudando a espalhar o pânico.
Precisamos ter claro em nossas mentes o papel das famílias e o papel das escolas na tarefa de educar e colaborar para vivermos um ambiente de paz e progresso harmonioso.
Estudos da UNICAMP (https://www.unicamp.br/unicamp/tv/direto-na-fonte/2023/03/30/violencia-premeditada-e-gestada-na-convivencia-toxica) mapearam os casos extremos nos últimos 20 anos e concluíram que a violência é premeditada e motivada por raiva, vingança e envolvimentos com grupos extremistas, principalmente na internet. Essas comunidades incitam crianças e jovens ao ódio. Acompanhar o que seus filhos acessam em seus dispositivos e orientar o seu uso consciente e responsável é um dever educativo das famílias.
Continuamos cuidando com muito carinho daquilo que nos cabe para que nossos estudantes sintam segurança dentro da Escola. Vamos juntos insistentemente ensinar sobre a força do diálogo como forma de mediar conflitos. Neste sentido, implantamos neste ano em nosso Colégio o projeto “Líder em Mim”, de cunho sócio emocional, buscando ampliar essas competências, justamente por entender que o principal mal, que na atualidade afeta negativamente a formação de nossos jovens e o ambiente familiar de uma maneira geral, é uma espécie de abandono psicológico, uma solidão coletiva.
Quem está conosco há mais tempo é testemunha de que um dos diferenciais de nosso colégio sempre foi a atenção mais individualizada e uma proximidade maior com as famílias dos nossos alunos, ainda que por vezes possa parecer para alguns que somos “chatos” ou invasivos, mas, sempre preferimos pecar pelo excesso, se necessário, no quesito relacionamento família-escola, sempre no intuito de propiciar a melhor formação possível de nossos alunos.
Condicionantes da vida moderna tem prejudicado a ocorrência de bons momentos de convívio afetivo nas famílias e também nos ambientes como nas igrejas, escolas e outros locais de convívio social, que, infelizmente, vem sendo substituídos pelo uso maciço e excessivo de meios eletrônicos/ internet, onde constatamos o abandono psicológico e a solidão coletiva, como mencionamos acima.
Nós aqui no colégio, como já dissemos, continuamos atentos e estamos abertos a sugestões de melhorias em nossa segurança, mas não temos condições de responder pontualmente, caso a caso as indagações motivadas por notícias falsas, espalhadas sabe-se lá a partir de quais origens e com quais intenções, pois é nosso dever manter o foco em nossa atividade de educar e procurar sempre proporcionar ambiente de paz, segurança e harmonia, em prol do desenvolvimento dos alunos. Por isso, contamos com a confiança de todos vocês no trabalho sério que sempre realizamos, pois não estamos alheios à necessidade de reforço nos protocolos e esquemas de segurança, sobre os quais temos nos debruçado dia e noite para proporcionar melhorias eficazes e cabíveis.
Sobre eventuais novas notícias sobre supostos ataques, informamos que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas, disponível no link https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura. Essa é uma das ações da Operação Escola Segura que teve início na última quinta-feira (6/4). Qualquer informação é bem-vinda. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.
Contamos com a seriedade, colaboração e o bom discernimento por parte de todos.
Atenciosamente,
Luciano Lima
Diretor Administrativo
Avaliação Anglo - Uma reflexão sobre avaliação
Daniela Magno - Vice-Diretora Pedagógica
Por Daniela Magno [Vice-Diretora Pedagógica]
Queridos alunos,
A Prova Anglo está chegando e com ela um misto de sentimentos dos estudantes sobre o sentido dessa avaliação.
Sabemos que a palavra “avaliação” traz um certo desconforto no universo discente. Os alunos encaram esse período como uma medição de sua aprendizagem, como se seu conhecimento fosse mensurado apenas por uma nota. A avaliação vai muito além de uma nota, ela traz uma conotação de entendimento por parte dos professores sobre o que foi assimilado pelo aluno em seu conteúdo e qual caminho ele deverá tomar a partir do resultado que encontra.
A palavra avaliar, no Dicionário Aurélio,(2011), tem como um dos significados o reconhecimento da grandeza, intensidade e força de algo. Isso nos traz uma ideia de uma verificação cuidadosa e minuciosa da aprendizagem do aluno. Nesta perspectiva, entendemos que a avaliação traz uma luz ao professor para entender se o resultado da aprendizagem foi atingido ou se precisa recalcular a rota em sua metodologia.
A avaliação não é um instrumento como fim para testar a aprendizagem, e, sim como meio para encontrarmos o melhor caminho para o sucesso do aluno.
E para que esse sucesso seja alcançado, todas as partes envolvidas nesse processo de avaliação precisam ter em mente que não é estudando somente nas vésperas das provas que o aluno irá assimilar todo o assunto trabalhado. Dessa forma, ele pode até memorizar o conteúdo e tirar uma boa nota, porém o objetivo final, nunca será a nota e sim uma demonstração do que se aprendeu. É como a habilidade de andar de bicicleta,quando a criança aprende, ela tem prazer em mostrar sua nova habilidade adquirida e se ela errar, tem a certeza de que terá alguém para instruí-la de como fazer da próxima vez. Assim deveria acontecer nas avaliações, o aluno demonstrar com prazer o que aprendeu, e, se errar, terá a certeza que sempre terá o professor para lhe dizer como fazer da próxima vez.
Boa prova a todos! Vocês são capazes!
Alfabetizar vai além do mundo letrado!
Por Kenia Cristina - Professora
Alfabetizar vai além do mundo letrado!
Por Kenia Cristina - Professora
Desde a minha infância eu falava que queria ser professora quando crescesse. E o sonho de criança se realizou, com muito esforço, como não poderia deixar de ser.
Sempre sustentei a ideia de que só insistimos em algo quando acreditamos. Na área da educação não é diferente. Meu primeiro contato com a sala de aula foi com 15 anos de idade. Eu lecionava informática para crianças de cinco anos. Achei aquela experiência incrível!
Tempos depois, lecionei como professora de educação infantil por cinco anos em uma determinada instituição.
A cada nível de ensino em que eu lecionava, percebia as diferenças entre cada criança e suas diferentes necessidades. Mesmo diante dos desafios, sempre procurava enxergá-los capazes e já os imaginava formados futuramente.
Tive a oportunidade de lecionar em todos os níveis de ensino da educação infantil, do berçário ao nível II e a sede de ensiná-los só crescia em mim! Sabe aquele primeiro amor da vida? O friozinho na barriga, a alegria de estar perto? Então, era eu em sala de aula com as crianças, ou melhor dizendo, o primeiro amor por lecionar.
Com o passar do tempo, comecei a lecionar no 1º ano do ensino fundamental I no Colégio Helios. Pronto! Ali me encontrei! É nessa idade em que se busca a alfabetização da criança, e ela tem um papel muito importante e fundamental para o seu desenvolvimento pleno. É nessa fase que ela desenvolve a habilidade de identificar, compreender, estruturar e formar palavras, frases e textos.
A alfabetização ensina a criança a ler o mundo, a se expressar, a entender o que os outros querem dizer, decifrar códigos universais que podem abrir janelas e permitir navegar pelo mundo inteiro. Ela permite a evolução do constante processo de construção de conhecimento!
E nesse processo, o papel do educador é abrir caminhos para que cada criança encontre e perceba a maneira que ela aprende, o que depende não só de características pessoais, mas da história de vida de cada um. Por isso, o maior impacto que a alfabetização traz para vida de uma criança é possibilitar que ela se perceba, que perceba o próximo, e experimente outras possibilidades de aprendizagem, outras visões… Saber a função social do uso da leitura e escrita e praticá-la em seu dia-a-dia!
Observar essa evolução no convívio social e guiar a descoberta dos sons das letras, das sílabas e a iniciação da leitura, é realmente lindo!
Minha Trajetória: Superação / Super-ação
Por Raquel Pires - Ex-aluna
Minha Trajetória: Superação / Super-ação
Por Raquel Pires - Ex-aluna
Aos 4 anos de idade eu colocava os pés em um lugar ainda chamado de Caminho do Sol, lugar esse que eu não imaginava que faria parte da minha trajetória e que transformaria a minha vida. Os anos foram se passando, eu ia crescendo sem poder imaginar o que me aguardava pela frente, e o que eu teria que aguentar.
O início da adolescência se aproximava. Sempre fui tímida e reservada, desde a infância. Tinha as minhas peculiaridades como qualquer outra adolescente normal, mas também tinha um coração cheio de sonhos… mal sabia eu que estaria prestes a passar por um dos maiores processos da minha vida, e o quanto isso mexeria comigo.
Tempos difíceis chegaram para mim, por circunstâncias da vida, por um período de tempo. De repente, eu havia perdido algo que era muito importante para mim, e isso me abalou profundamente. Eu decidi então, dentro de mim, parar de falar, foi mais forte do eu, e em um piscar de olhos o início da depressão chegou, aos poucos eu soltava as mãos daqueles que eu mais amava, meus colegas eu coloquei para longe de mim, me via totalmente distante de quem eu era, chorar nem era mais uma possibilidade. Me vi privada de apresentar os trabalhos na escola, eu já não conseguia mais, ali eu já começava a me sentir incapaz, eu não me achava inteligente.
Foram nas aulas de Educação Física do colégio, que por meio do esporte e do exercício físico, que eu conseguia colocar para fora um pouco de tudo o que eu sentia. Era onde eu me sentia bem, onde eu conseguia me entregar. Meu professor sabia fazer com que eu esquecesse aquilo que tanto doía: ensinar o esporte em amor, é o mesmo que ensinar a amar.
Em todas as outras matérias eu pensava que eu não era boa o suficiente comparada aos meus colegas, mas meus professores estavam prestes a mudar totalmente a minha visão, um sorriso radiante iluminava toda a sala aula, e era capaz de clarear qualquer dia nublado. Era assim que eu me sentia quando a minha professora de Biologia passava pela porta da sala, ela estava prestes a me apresentar parte do conteúdo da matéria que conduziria parte da minha vida acadêmica, mas eu ainda não fazia ideia disso.
Ainda um pouco distante de todos, eu me preocupava com quem eu iria me tornar, mas eles sempre estavam ali, meus professores, sempre prontos para me ajudar a levantar. As palavras deles me ensinaram a ter coragem em cada passo. Foi em uma das aulas de Química que eu escutei: "Você é melhor do que isso, eu acredito em você".
Então, depois de 13 anos nesse colégio, já terminando o ensino médio, eu decidi que eu tinha que mudar a minha postura, pensei que seria tarde demais, mas eles me mostraram que não. Eles estavam sempre dispostos a me reerguer.
Foi na minha formatura do terceiro ano do ensino médio que eu recebi um abraços juntamente com uma frase de uma das minhas professoras… essa frase foi uma das mais necessárias para a minha mudança de vida. Ela disse: "Você é muito inteligente e capaz, e eu estarei sempre aqui para você". A partir desse dia, e após uma reflexão de quem eu tinha sido ao longo desses 13 anos, eu tive uma das maiores certezas da minha vida, a certeza de que eu também tinha que ser professora, eu tinha que aprender a ensinar em cuidado e amor, como eles sempre estavam dispostos a me ensinar e entender. Não seria fácil, ainda mais agora que eu estava prestes a me separar deles.
Entrei na faculdade para cursar Educação Física. O medo e as incertezas ainda me cercavam, porém, eu precisava mostrar para mim mesma que eu podia ser alguém diferente e melhor, comparado ao que eu tinha sido. As matérias da faculdade foram chegando, e eu percebia que em cada uma delas tinha parte do que cada um dos meus professores tinham me ensinado no colégio, porém nada superava o jeito único que cada um tinha ao ensinar. Eu tinha saudade deles todos os dias. Esperava que fossem eles a entrar na sala da faculdade, mas eles não estavam mais lá. Dentro de mim, no entanto, ainda estava gravado um dos maiores ensinamentos que eu recebi deles, que era o de que nós precisamos aprender a crescer.
Com o decorrer dos semestres na faculdade, eu comecei a me destacar devido ao comportamento e atenção nas aulas, que automaticamente se refletiam em boas notas. Depois da realização de uma prova de Anatomia, minha professora me convidou para ser monitora dela. Eu, ainda receosa comigo mesma, aceitei, fui então monitora dos cursos de Enfermagem e Farmácia na faculdade. Depois desse período de monitoria, recebi outro convite dessa mesma professora. Mas esse outro convite mexeu muito comigo, ela havia me chamado para assumir um projeto de iniciação científica, e o primeiro passo na realização desse projeto era apresentá-lo em um congresso nacional de iniciação científica. Pensei comigo: “como aquela menina que quase não falava na escola, poderia aceitar algo do tipo?”
Foi aí que tudo o que meus professores da escola me disseram veio à minha memória. Eu pude enxergar então a grande oportunidade de mudar. Ela havia sido colocada na minha frente e não voltaria mais. Então eu aceitei o desafio, assumi esse projeto, o desenvolvi, fiz várias apresentações em diferentes congressos, e acabei me destacando como pesquisadora do Laboratório de Fisiologia e Metabolismo da Universidade Cidade de São Paulo.
Na sequência algo maior ainda me esperava: a partir da realização desse projeto eu fui chamada para participar da elaboração de um artigo de revisão, voltado a Fisiologia do Exercício. Tive a oportunidade de realizá-lo com professores de outros países. O artigo foi publicado internacionalmente e aceito pelo American College. Após isso continuei me destacando nas matérias da faculdade.
Hoje eu estou formada, sou professora de Educação Física, e é com imensa gratidão e amor, que hoje eu posso passar para os meus alunos tudo o que eu recebi e aprendi com os meus professores do Colégio Hélios. Talvez, se eu não tivesse estudado naquele lugar, a minha trajetória acadêmica não teria sido a mesma. Eles me ensinaram da forma mais gentil que não há nessa vida algo que não se possa alcançar.
Quero deixar enfatizado que o passado pode doer, mas cabe a você decidir se vai fugir dele, ou aprender com ele.
Os planos para o futuro são não parar de estudar, ingressar no Mestrado, fazer inglês…
Hoje eu trabalho como professora de musculação de adultos, bem como com natação, exercício físico e a prática de iniciação esportiva para crianças e adolescentes. Agora, mais madura, eu sou capaz de entender o que é ter amor ao ensinar, e o quanto esse amor é importante. É com muita alegria que eu digo: Deus sabe exatamente quem colocar no nosso caminho.
Colégio Hélios e queridos professores, a criança de vocês cresceu!! Obrigada pelos 13 anos de dedicação e cuidado.
O tempo abreviado…
Por Carolina Prado - Coordenadora Pedagógica
O tempo abreviado: O que realmente importa…
Por Carolina Prado - Coordenadora Pedagógica
Vivemos tempos em que as tarefas e responsabilidades são inúmeras e ao final do dia, quando olhamos para trás, não conseguimos completar nem metade dos objetivos traçados.
Saímos pelas ruas e vemos pessoas correndo, falando ao celular, carros buzinando, filas e pessoas sem nenhuma paciência. O ritmo de vida está a cada dia mais acelerado e a frustração também, pois ao nos depararmos com diversas tarefas e objetivos incompletos, nos sentimos inábeis e até incompetentes, o que nos gera tamanha ansiedade. Estudos dizem que a saúde mental das pessoas está cada dia mais frágil, crises de ansiedade aumentam e casos de depressão também.
Com tudo isso, percebemos que o nosso tempo parece estar abreviado e o que antes fazíamos rapidamente, hoje demora muito mais.
Essa pressa nos tira a paciência para as pequenas coisas e nos torna indiferentes aos detalhes da vida.
Fazemos compras pela internet e optamos pelo site que entrega se possível, no mesmo dia, para que não precisemos esperar.
Esperar realmente virou uma virtude que quase não vemos mais. As crianças já nascem impacientes e envolvidas nessa nossa grande loucura.
E percebemos que com a chegada das festas de final de ano, toda a correria se acentua com as compras, presentes e compromissos. Mas será que isso realmente importa?
Devemos avaliar como está a nossa relação com nossos familiares. Amamos tanto a nossa família, mas às vezes são as pessoas que menos vemos e com quem menos interagimos devido aos inúmeros afazeres. Ao chegarmos em casa, estamos tão exaustos que simplesmente nos hipnotizamos com televisão ou com o celular, sem trocar uma palavra com aqueles com quem convivemos.
Como estão as nossas relações interpessoais? Estamos agindo no modo automático e não conseguimos mais ter uma conversa leve e de qualidade com as pessoas que nos rodeiam… Todos estão correndo o tempo todo!
O fato é que, essa é a nova realidade e o que podemos mudar é a forma com que vamos lidar com tudo isso.
Para que possamos vencer essa agitação, podemos traçar alguns meios para a gestão do nosso tempo:
Planejar. O planejamento é uma forma eficaz para conseguirmos aumentar a nossa produtividade e evitarmos excesso de tarefas simultâneas. Planeje o seu dia e distribua as tarefas que são mais urgentes. Inclua as crianças nesse planejamento: quando elas participam do processo, fica mais fácil de segui-lo (afinal, o combinado não é caro).
Defina prazos e metas que sejam possíveis de cumprir a curto prazo para que sejam factíveis e não lhe cause a sensação de fracasso.
Faça uma reflexão sobre a sua rotina diária e selecione o que é realmente necessário desempenhar. Assim, você classificará o que é urgente e o que poderá deixar para fazer em outro momento.
Delegue tarefas. Existem coisas que precisam ser realizadas, porém não necessariamente pelas nossas mãos. Tenha uma rede de apoio para que você consiga focar naquilo que realmente depende de você.
Evite a procrastinação. Deixar para depois o que se deve fazer hoje, também lhe trará o sentimento de insucesso, pois o acúmulo de tarefas será cada vez maior.
Marque uma conversa com um amigo querido. Converse, ria, relembre histórias engraçadas. Se entregue em suas relações!
Por fim, tire um tempo para você! Aprecie as pequenas coisas, observe os pássaros, respire fundo, se desligue das redes sociais, leia o que lhe dá prazer e tenha um tempo de qualidade para fazer o que gosta!
Com pequenos ajustes na nossa vida tão corrida, certamente conseguiremos uns minutinhos extras para observar e valorizar o que é belo, tornando-nos mais felizes e produtivos.
Inteligência emocional e aprendizagem.
Por Daniela Magno - Vice-diretora pedagógica
Inteligência emocional e aprendizagem
Por Daniela Magno - Vice-diretora pedagógica
“Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez, desafiou um mestre Zen a explicar os conceitos de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo.
Não passas de um bruto…não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
Eu poderia te matar por tua impertinência!
Isso - respondeu calmamente o monge - é o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo o monge a revelação.
E isso - disse o monge- é o céu.
A súbita consciência do samurai sobre seu estado de agitação ilustra a crucial diferença entre alguém ser possuído por um sentimento e tomar consciência de que está sendo arrebatado por ele. A recomendação de Sócrates - “Conhece-te a ti mesmo” - é a pedra de toque da inteligência emocional: a consciência de nossos sentimentos no momento exato em que eles ocorrem.”
Este é um trecho do livro “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman. Quando falamos de inteligência emocional, logo vem à mente que devemos ter o controle de nossas emoções.
Lidamos com as emoções o tempo todo, elas fazem parte de quem somos e do nosso dia a dia.
Ter Inteligência Emocional não significa que devemos ter a capacidade de controlar nossas emoções, mas significa ter a capacidade de conhecer nossas emoções e as emoções dos outros e como nos comportamos diante delas.
É sermos capazes de entender nossos processos emocionais e o processo emocional das outras pessoas.
E o que são emoções? Basicamente, emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais que surgem quando o cérebro sofre um estímulo ambiental. A exemplo quando vemos algo que nos causa medo, a resposta imediata ao medo é correr ou paralisar.
Mas o que a Inteligência emocional impacta na aprendizagem?
Segundo o psicólogo Daniel Goleman, tudo que se aprende é importante, é necessário, mas não é necessariamente suficiente para o verdadeiro sucesso.
Conhecemos vários indivíduos com Q.I (quociente de inteligência) elevado, porém com poucas habilidades emocionais desenvolvidas, o que impede ter sucesso em seus relacionamentos, em seu projeto de vida e em sua aprendizagem. Afinal, vivemos em sociedade!
Enfrentamos alguns desafios na aprendizagem, quando não são trabalhadas as habilidades emocionais, como o alto nível de estresse e a falta de atenção.
O estresse prejudica o bem-estar e as funções cognitivas, além de afetar a concentração, o foco e a memória.
Diante disto, o que devemos fazer para que as habilidades emocionais sejam bem desenvolvidas em nossas crianças?
É papel não só das escolas, mas também dos pais, segundo Daniel Goleman, auxiliar as crianças a aperfeiçoar suas habilidades de autoconsciência e confiança, a conhecer suas emoções e as emoções das outras pessoas, aumentando sua empatia, e isso resultará não só numa melhora de comportamento, mas em uma melhoria considerável no desempenho acadêmico.
Aqui no Colégio Helios, promovemos a união de mente e emoção em sala de aula, desenvolvendo as habilidades emocionais e cognitivas em conjunto. Porém, a primeira oportunidade para moldar as habilidades para Inteligência Emocional ocorre nos primeiros anos de vida, no qual as crianças recebem dos pais ensinamentos emocionais que levarão para suas vidas. Embora essas aptidões continuem a se formar na escola, o aprendizado emocional dos primeiros anos de vida se torna um alicerce essencial para o restante dos ensinamentos na vida da criança.
Maternidade e suas nuances: A intensidade da vida de uma mãe…
Por Talita Camargo - Consultora de Marketing
Maternidade e suas nuances: A intensidade da vida de uma mãe
Por Talita Camargo [Consultora de Marketing]
É justo que muito custe o que muito vale! Afinal, uma gota do nosso suor não é nada diante do sorriso e felicidade dos nossos filhos.
Quem convive com uma mãe sabe da correria e rotina intensas para conseguir segurar todos os pratinhos da vida: filhos, casa, comida, trabalho, marido, estudos, saúde e afins. Mesmo para aquelas mulheres que dizem que nasceram para cuidar de tudo e todos, toda mãe precisa de um tempinho para si e uma rede de apoio. Postergamos o autocuidado, pois quase não nos sobra tempo. Nosso foco pode estar cem por cento voltado aos filhos e ainda assim nos culpamos.
Dedicar-se aos cuidados da família é um ato lindo, uma doação diária que requer muita força e sabedoria para essa doce missão que é o maternar. Entretanto, para cuidar dos outros, devemos, antes de tudo, cuidar de nós mesmas para que possamos ficar bem dispostas física e mentalmente para cuidar do restante.
Mas ainda bem que tudo passa! É como se vivêssemos num grande jogo de videogame, atravessando fases, cada qual com a sua dificuldade. E ficamos impressionados como tudo se encaixa, como tudo acontece por um motivo e a gente só entende depois... Com o tempo, percebemos que vencer cada uma dessas fases significa construir uma versão melhor de nós mesmos, e assim, ajudar nossos filhos a serem também melhores a cada dia.
E é como dizia Madre Teresa de Calcutá: “Ensinarás a voar, mas não voarão o teu voo. Ensinarás a sonhar, mas não sonharão o teu sonho. Ensinarás a viver, mas não viverão a tua vida. Ensinarás a cantar, mas não cantarão a tua canção. Ensinarás a pensar, mas não pensarão como tu. Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem, estará a semente do caminho ensinado e aprendido."
Não deixemos que a correria e as dificuldades apaguem os pequenos momentos, pois eles certamente nos trarão saudades no futuro. Aproveitemos cada segundo com quem amamos: ainda que sejam poucos, que sejam inteiros!
Não tenhamos medo ou vergonha de pedir ajuda. Construir uma rede de apoio (pessoas com quem podemos contar) é saudável e torna as coisas mais leves. Sejamos também rede de apoio para quem pudermos ser. Essa reciprocidade e afinidade materna nos ajuda a superar as dificuldades. Descobrir que o outro tem problemas e dificuldades tanto quanto a gente é libertador e torna tudo mais leve.
Não é fácil para mim, e tenho certeza de que não é fácil para você! Mas tenho certeza de que a forma que encaramos as dificuldades pode mudar tudo. Olhar as coisas pelo lado bom nos faz enxergar sentido no que fazemos. Cuidar de nós mesmos, em todos os sentidos, nos faz melhores, e assim também o ambiente à nossa volta.
Cuide-se e priorize-se. Você e sua família merecem!
Dicas práticas para um estudo de sucesso!
Por Giulliana Rocha - Professora de Biologia
Dicas práticas para um estudo de sucesso!
Por Giulliana Rocha - Professora de Biologia
Queridos, sou a professora de biologia Giulliana Rocha e hoje quero contar para vocês sobre algumas dicas de como aproveitar melhor seus estudos. Vamos começar com aquele assunto que vocês não gostam muito ou acham difícil: basta dividi-lo em pequenas partes e assim ler e estudar uma de cada vez. Fazer isso não só facilita a compreensão do assunto, como também traz mais confiança na hora das atividades e avaliações.
Minha segunda dica é: queiram aprender! Aprender novas coisas, mesmo nas disciplinas que vocês já dominam, força o cérebro a desenvolver e melhorar o raciocínio e cria novas conexões neurais, o que estimula ainda mais nosso raciocínio. Não tenham medo de aprender! Arrisquem-se, busquem o conhecimento em diversas formas, procurem por palavras desconhecidas para aumentar o vocabulário, busquem explicações de filmes para ampliar o repertório cultural, entre tantos outros exemplos.
Para aprender não basta apenas assistir às aulas, devemos por em prática cada conteúdo. É essa a importância da lição de casa de todos os dias! Ah, o professor não deixou lição de casa naquele dia? Pois invente! Faça a sua lição daquele assunto, vale resumos, mapas mentais e até exercícios extras. O importante é estudar e exercitar bem perto da aula assistida e de forma ativa, ou seja, não só lendo mas também escrevendo.
Minha terceira - e última - dica é reservar um tempo para o descanso. Estude por 20 minutos e descanse 10, depois volte e estude por mais 20. Com o passar do tempo, e do hábito, vocês poderão aumentar o tempo dedicado ao estudo para 30, 40, etc., mantendo os 10 minutos de descanso. Alongue-se, ande um pouco pelo quarto, beba uma água, mas cumpram rigorosamente o tempo de intervalo. Além de uma rotina de estudos para a semana, permitam-se realizar também atividades prazerosas, como ler um livro sem ser os da escola, sair com os amigos e se divertir.
Lembram-se: queiram aprender! Forcem-se a gostar e agarrem uma rotina de estudos, isso faz parte do processo de desenvolvimento intelectual de nosso cérebro e precisamos de todas as disciplinas para isso. Saibam que a coragem e a perseverança estão dentro de cada um e que uma oportunidade não surge para quem não está preparado. Um abraço mais que especial a todos e…bons estudos!
Huggy Wuggy
Por Carolina Prado - Coordenadora Pedagógica
Huggy Wuggy - Personagem assustador gera um novo alerta
Por Carolina Prado - Coordenadora Pedagógica
Um novo jogo tem colocado em alerta os pais e autoridades sobre o impacto emocional que pode gerar nas crianças.
Poppy Playtime, criado para adultos, é um jogo de terror que traz como protagonista o personagem Huggy Wuggy, um boneco de pelúcia azul que tem braços longos e uma boca com dentes afiados. Ele vive em uma fábrica de brinquedos abandonada e quer se vingar por ter ficado ali sozinho. A música inspirada no jogo, traz trechos como “dentes que te deixarão ensanguentados” e “abraços que sufocam até a morte”.
A versão em pelúcia de Huggy Wuggy tem ganhado fama. Lojas físicas e virtuais já comercializam o boneco e os downloads do jogo só aumentam.
Em vários países, os bonecos foram proibidos nas escolas e no Reino Unido, a polícia chegou a publicar um alerta aos pais, a fim de conscientizá-los sobre este tema.
Segundo especialistas, as referências que o jogo traz são um grande perigo às crianças, pois tratam a vida de forma banal e ignóbil.
Além de assustador e violento, o conteúdo pode gerar medo, angústia, ansiedade, traumas e atrapalhar o sono.
O jogo é indicado para crianças acima de 14 anos, mas todos, independente da idade, conseguem baixá-lo e jogá-lo.
Por isso, ressaltamos a importância da supervisão dos pais ao que as crianças acessam na internet. É dever dos responsáveis zelar para que as crianças e adolescentes façam um bom uso das ferramentas tecnológicas, para que elas funcionem como um aliado no desenvolvimento deles, e não como um fator de risco à sua saúde e segurança.
Para nos ajudar nessa tarefa, existem diversos aplicativos parentais que permitem às famílias o controle do que as crianças acessam e assim, a supervisão a este e outros tipos de conteúdo inapropriados. Além disso, é importante ficarmos atentos a comportamentos agressivos, introspectivos, comunicação retraída e pouca interação, para que possamos dar aos nossos filhos o suporte e orientação necessária.
Vida pessoal, carreira profissional…
Daniela Magno - Vice-diretora pedagógica
Vida pessoal, carreira profissional. Qual meu propósito?
Por Daniela Magno [Vice-diretora pedagógica]
Você provavelmente já ouviu a famosa pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”.
Quando somos crianças, almejamos ser iguais aos nossos pais, ter a mesma profissão que eles… Isso me remete à história de um menino que observava seu pai abrindo as portas do local onde trabalhava e, quando perguntaram o que ele queria ser quando crescesse, ele disse: “Quero ser abridor de portas igual ao meu pai”. Quando somos pequenos, aqueles que cuidam de nós são nossas referências e, de maneira subliminar ou intencional, nos auxiliam na construção de nossas escolhas.
São muitos os desafios da sociedade contemporânea, principalmente quando se trata de propósito de vida. Como podemos descobrir o nosso propósito? Como viver uma vida completamente intencional?
No dicionário, a palavra “propósito” tem o significado de alcançar um objetivo, uma finalidade, um intuito. Na Filosofia, a visão de propósito é aquilo que nos estimula do lado de fora e nos motiva do lado de dentro. É aquilo que nos impulsiona a viver e o que faz nossa vida valer a pena.
Essas afirmações me trazem à memória outra história: a de um garoto que viaja por vários planetas, falando de amor, amizades e, principalmente, de escolhas de vida. Trata-se do Pequeno Príncipe, uma literatura escrita para crianças, mas que tem grandes ensinamentos para qualquer idade. Um deles está na passagem sobre o planeta do acendedor de lampiões: Quando o Pequeno Príncipe chega ao asteroide do acendedor de lampiões, ele pensa ter encontrado mais uma pessoa com comportamento estranho e sem propósito. Esse homem tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia. Mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja cansativo. Ao ser questionado pelo Pequeno Príncipe o porquê ele acendia e apagava o lampião, o acendedor disse que não sabia, mas que seguia o regulamento.
Essa história nos ensina a prestarmos mais atenção no porquê fazemos o que fazemos, qual sentido tem nosso trabalho ou nosso propósito de vida.
O acendedor não sabia a importância que tinha a sua função de acender e apagar o lampião. Era importantíssimo, pois ele dava a luz no momento da escuridão. Porém, ele só pensava no regulamento e nem parava para pensar sobre quão boa era a tarefa que executava. Ele se cansava porque não dava sentido ao que fazia. O planeta dele mudou e ele continuou seguindo um regulamento que já não servia para sua tarefa. Com isso, ele ficava cansado e triste ao realizar sua missão. O acendedor de lampiões nos ensina que quando vivemos sem propósito, sem uma intenção, nos tornamos tristes e cansados.
Para encontrarmos nosso propósito, temos que pensar em três questões importantes em nossa caminhada:
A primeira é descobrir o que te dá prazer em realizar. O que te deixa feliz quando você exerce? Seja na vida profissional ou pessoal, aquilo que você faz, quando é satisfatório, é sinal que faz parte do seu propósito.
A segunda diz respeito à necessidade de compreendermos nossas habilidades, aquilo que nós somos bons em realizar. Habilidade é a conexão entre seu conhecimento e sua ação, o que você tem aptidão para realizar.
A terceira questão é pensar sobre o que te incomoda no mundo. O que você gostaria de mudar, se tivesse o poder, nesse mundo?
Pronto, com as três respostas aos questionamentos acima, você encontrará o seu propósito, unindo aquilo que você ama fazer, com suas habilidades, fazendo aquilo em que você é bom para resolver um problema que você enxerga no mundo.
Segundo a neurociência, quando temos um propósito estabelecido em nossas vidas, isso nos torna mais resilientes, ativa nosso humor, nos traz motivação e nos torna mais felizes.
Quer atingir maiores níveis de felicidade em sua vida? Encontre seu propósito!
Ansiedade
Por Talita Rípoli - Psicóloga
Por Talita Rípoli - Psicóloga
A ansiedade é um tema recorrente atualmente no nosso cotidiano, e entre as crianças e adolescentes não seria diferente. Ela é considerada uma reação defensiva, e comum, frente a situações de perigo ou ameaça. Caracteriza-se por um grande mal estar físico e psíquico. É uma resposta fisiológica do ser humano ao estresse.
Uma maneira de simplificar o entendimento da ansiedade infantil é dividi-la em: problemas que se internalizam, aqueles sintomas ansiosos, medo, sentimentos de inadequação e perseguição, isolamento; problemas que se externalizam, são comportamentos excessivos desafiadores, compulsões, dificuldades de socialização, choro excessivo, sudorese, dores no peito e explosões de agressividade.
É muito importante que os cuidadores busquem entender as raízes dos comportamentos, muitas vezes podemos identificá-las através do diálogo ou observação atenta, por isso é importante fazer a manutenção de um relacionamento seguro com a criança ou o adolescente. Há uma grande necessidade de buscarem mais informações e troca de experiências sobre saúde mental, caso não consigam obter resultados positivos em casa, devem procurar ajuda profissional para auxiliá-los.
Sempre devemos lembrar que não podemos esperar da criança ou do adolescente a maturidade de um adulto, e sim entender que ela necessita de apoio, acolhimento e orientação em vários momentos ao longo do seu crescimento. Conhecer os sintomas de ansiedade, ajuda o adulto a lidar melhor com aquele comportamento, sem julgá-lo ou diminuí-lo, podendo assim auxiliar seu filho, em um momento de dificuldade.