Talita Cavallaro Pires de Camarg Talita Cavallaro Pires de Camarg

Como nosso Programa Socioemocional e outros projetos contribuem para o cuidado diário da nossa saúde mental

Por Thaís Lima - Mestra em Gestão Educacional

Por Thais Rípoli Lima - Mestra em Gestão Educacional

Nossa equipe escolar é composta por um grupo de pessoas que tem muito claros nossos objetivos, todos recebem acompanhamento e treinamentos acerca de temas relacionados ao desenvolvimento socioemocional dos nossos estudantes. Realizamos encontros e reuniões ao longo do ano letivo, para planejar, discutir e organizar a implementação de vários projetos.

Dentre eles são importantes projetos que abordam o bullying, o respeito e o preconceito, eles são essenciais para criar uma cultura de inclusão e respeito na escola. O bullying, por exemplo, é um problema que pode ter graves consequências para a saúde mental dos estudantes, levando a sentimentos de isolamento, baixa autoestima entre outros. Ao implementar projetos que combatam o bullying e promovam a cultura do respeito, ajudamos a criar um ambiente onde todos os alunos se sintam valorizados e aceitos. Esses projetos também ensinam sobre a importância da diversidade e da empatia, ajudando os alunos a reconhecer e combater atitudes preconceituosas.

Em nosso colégio, o Programa Socioemocional Líder em Mim contribui com essas temáticas sempre que reforça os sete hábitos, que são a base do programa. Vamos relembrar: 1 - seja proativo, 2 - comece com um objetivo em mente,  3 - primeiro o mais importante, 4 - pense ganha - ganha, 5 - procure primeiro compreender e depois ser compreendido, 6 - crie sinergia e por último 7 - afine o instrumento. 

Os três primeiros hábitos estão focados em desenvolver habilidades que fazem parte da vitória particular, ou seja, dentro de cada um de nós, para isso, preciso desenvolver meu autoconhecimento e autoestima, promovendo minha saúde mental. No estudo e prática destes hábitos, refletimos sobre a importância de ser proativo, e não depender de um estímulo externo para nos sentirmos bem e valorizados, bem como termos metas, mantendo-as sempre visíveis e aprendendo a começar pelo mais importante: nós mesmos. 

Os três hábitos seguintes são focados na vitória pública, ou seja, o foco é o relacionamento com o outro. Se eu pensar de acordo com o ganha-ganha e buscar compreender antes de ser compreendido, terei empatia e resiliência, além de respeitar as diferenças e ideias dos outros, habilidades que são desafios diários para qualquer indivíduo. Além disso, criar sinergia é um caminho para que seja possível um ambiente coletivo saudável e seguro. 

Por último, afinar o instrumento é a capacidade de cuidar do desenvolvimento contínuo de cada um desses hábitos durante toda a nossa vida, além disso, complementamos nosso trabalho preventivo com outros projetos mais específicos, a exemplo do Projeto antipreconceito e antibullying.

Assim como em vários outros, este projeto busca utilizar temas do cotidiano dos alunos, algo que eles gostem e se interessem como filmes ou séries que trabalhem a temática, cenas específicas são selecionadas e as situações tratadas são discutidas com os estudantes, com o objetivo de trazer à luz situações que podem estar acontecendo sem expor ninguém, refletimos sobre os conceitos que estão relacionados com a temática, qual é a postura esperada de cada de nós e as consequências de nossas ações. Com o objetivo de informar e formar cada um deles para que possam agir de maneira que esteja de acordo com nossa proposta, em que cada um tem o direito de se sentir seguro, fazer amigos, se divertir e se desenvolver.

Essa preocupação com a saúde mental e a inclusão nas escolas contribui significativamente para o desenvolvimento integral do indivíduo. O autocuidado emocional, promovido por esses programas e projetos, interfere positivamente no autoconhecimento e na autoestima dos alunos, permitindo que eles reconheçam suas próprias emoções, fortaleçam sua identidade e se sintam mais confiantes em suas habilidades. Isso, por sua vez, reflete-se diretamente na aprendizagem, uma vez que estudantes emocionalmente saudáveis tendem a ter melhor concentração, engajamento e desempenho acadêmico.

O foco na saúde mental melhora os relacionamentos sociais. Alunos que participam de programas socioemocionais aprendem a se comunicar de forma mais eficaz, a resolver conflitos de maneira pacífica e a se relacionar de maneira mais empática com os colegas. Isso contribui para um ambiente escolar mais cooperativo e menos competitivo, onde as relações são baseadas em respeito mútuo e apoio.

Esse é o ambiente que proporcionamos aos nossos estudantes. Estamos sempre aprendendo e fazendo um pouco melhor a cada dia. 

Desejamos que todos consigam perceber a importância do cuidado com a saúde mental e que se sentirem que precisam de ajuda, não tenham dúvidas, procurem os profissionais especializados que poderão contribuir para sua recuperação.


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Setembro Amarelo: Profissionais que apoiam nos cuidados com a saúde mental

Por Talita Rípoli - Psicóloga e Thaís Lima - Mestra em Gestão Educacional

Por Talita Rípoli - Pscóloga e Thaís Lima - Mestra em Gestão Educacional

Conforme refletimos anteriormente, alguns sintomas ou problemas têm soluções mais difundidas para todos nós, por exemplo, se você tiver um incômodo em um de seus dentes, você não tem dúvidas, procura logo um dentista. Mas se você se sentir angustiado, com muito medo, com dificuldades para encontrar uma razão para fazer coisas do cotidiano, quem pode te ajudar? Um amigo? Um padre? São tantas as opções que aparecem e as dúvidas que temos, mas assim como seu dente, seu cérebro também precisa de cuidado especializado.

Psicólogos e psiquiatras podem oferecer suporte e tratamentos adequados. Além disso, manter um estilo de vida mais saudável, com exercícios físicos, alimentação equilibrada, rotina de sono adequada e momentos de lazer, contribuem significativamente para o bem estar não só da saúde física como mental.  

Acredito que em algum momento você já se perguntou, afinal, qual a diferença entre psicólogo e psiquiatra? O que faz cada um deles?

São várias as diferenças entre esses profissionais, uma delas é na formação. Apesar de ambos pertencerem à área da saúde, eles têm aprofundamentos e funções diferentes, e que podem se complementar, assim como no exemplo do ortopedista e do fisioterapeuta, além de oferecer diferentes tipos de tratamentos, assim como diferentes abordagens. 

O psiquiatra é um profissional que se formou em medicina e após a graduação realizou residência em psiquiatria. Tendo formação médica completa, estão autorizados a solicitar exames, analisar os resultados, prescrever medicamentos e realizar diagnósticos de doenças ou transtornos. A formação médica capacita o psiquiatra a entender a saúde mental a partir de uma perspectiva biológica, química e neurológica, e a depender do diagnóstico pode levar em conta a necessidade de tratamento medicamentoso.

O psicólogo é um profissional que se formou em psicologia e, geralmente, pode optar por especializações em áreas específicas da psicologia, como clínica, organizacional, educacional, entre outras. Psicólogos não têm formação médica, portanto, não podem prescrever medicamentos, o foco do seu trabalho está na compreensão e modificação do comportamento humano por meio de intervenções psicológicas, conversas, técnicas e métodos científicos.

Este profissional utiliza diferentes abordagens terapêuticas para ajudar os pacientes a lidar com problemas emocionais, comportamentais e cognitivos. Exemplos de abordagens incluem a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), psicanálise, terapia humanista, entre outras. Realiza intervenções preventivas que visam prevenir o desenvolvimento de problemas mentais, como orientação vocacional, programas de redução de estresse, etc. Além disso, realiza testes psicológicos para avaliar aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais.

 Um dos objetivos é trabalhar o autoconhecimento do paciente, para que ele possa viver uma vida mais funcional e saudável. O diagnóstico que esse profissional realiza é mais focado em padrões de comportamento e processos mentais.

Em algumas situações, ambos profissionais podem trabalhar juntos para oferecer um tratamento mais abrangente para o paciente, dependendo de suas necessidades. Em alguns casos, um psiquiatra pode encaminhar um paciente para um psicólogo para psicoterapia ou vice-versa, pois os tratamentos tendem a se complementar.

No próximo texto mostraremos como fazemos aqui, no Colégio Helios, para proporcionar o desenvolvimento das habilidades importantes para uma vida saudável e como incentivamos nossos alunos e colaboradores a cuidar de sua saúde mental.

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