O Brincar na Educação Infantil
Por Prof. Gabriela Coelho - Educação Infantil
Por Prof. Gabriela Coelho - Educação Infantil
Se eu te perguntar quais as melhores lembranças de sua infância, o que você me diria? Eu com certeza te contaria das tardes andando de bicicleta com as primas no interior e de como ralei o joelho em uma das ocasiões. Ou das tardes brincando de cozinhar e alimentar as bonecas juntamente com a minha irmã. São memórias preciosas que nos marcaram e que fizeram quem somos hoje. A verdade é que as nossas memórias de infância estarão sempre entrelaçadas ao brincar, pois ele faz parte da nossa construção enquanto seres humanos.
“As crianças de hoje em dia já não brincam como antigamente!” ou “Na minha época, nós éramos felizes de verdade e podíamos brincar na rua!”, você já ouviu alguém dizer essas frases? Você já disse alguma delas ou frases semelhantes? Já se perguntou o porquê das crianças não brincarem mais como antigamente? A verdade é que o mundo digitalizado, agitado e por vezes impaciente dos adultos engoliu o mundo das crianças. Muitas das brincadeiras passadas de pais para filhos, por gerações, estão se perdendo devido ao pouco contato das crianças de hoje com as crianças que fomos, com a pouca segurança que temos nas ruas, com as telas e seus excessos.
Como então podemos resgatar a cultura do brincar? Como pensar nas infâncias mais livres, significativas e fazedoras de cultura? Não há possibilidade de desassociar a infância da brincadeira. Enquanto educadores, nós da Família Helios valorizamos em nossa escola uma Educação Infantil brincante, nos colocamos como promotores de um brincar livre e valorizamos a criança como protagonista de seus aprendizados.
Jean Piaget, biólogo e estudioso da infância, em sua teoria do desenvolvimento cognitivo destacou a importância do brincar para a construção de habilidades cognitivas, sociais e emocionais. É através dos jogos e brincadeiras que as crianças absorvem o mundo ao seu redor. Portanto, a brincadeira tem um papel além da distração e do lazer, pois é através do brincar que a criança aprende. Em suas observações, a educadora italiana Maria Montessori notou que as crianças são motivadas e gratificadas através do brincar, e destaca que o brincar é o trabalho da criança. Montessori nos confirma que o brincar está além do lazer, o brincar é fundamental para o desenvolvimento e aprendizado infantil. Assim como Piaget e Montessori, vemos Loris Malaguzzi, educador italiano e fundador da abordagem Reggio Emilia dizer que a criança é protagonista do seu próprio aprendizado e para ele o brincar é considerado uma forma de expressão e exploração.
Baseado em Reggio Emilia, buscamos proporcionar momentos de brincar livre para a educação infantil, pois brincar livremente permite buscar suas próprias experiências de aprendizado, valorizando o que parte da própria criança, da sua curiosidade nata e não é direcionado por um adulto. Você deve estar se perguntando, qual é o papel do professor, então? O professor é facilitador do brincar, responsável por proporcionar um ambiente rico e convidativo para as crianças. Ele é pesquisador, buscando sempre novas ideias a fim de melhorar as experiências de sua turma, é colaborador, envolvendo as crianças com perguntas e conversas que instiguem ainda mais a curiosidade, pesquisa e exploração.
O ambiente, espaço onde ocorre o brincar, deve ser preparado, e o professor é o responsável por esta atividade. Um ambiente rico em aprendizagens e exploração deve ir além dos brinquedos convencionais, pois estes brinquedos muitas vezes já ditam o como se deve brincar. Por exemplo, ao pegar uma boneca, uma menina logo finge ser a mamãe e começa os cuidados com ela, a boneca então passa a ser limitada em instigar a criatividade das crianças, porém se oferecermos materiais não estruturados, como um carretel, ele pode tornar-se torre se empilhado, trem se arrastado por cima de blocos de madeira, se envolto em pequenos pedaços de tecido, vira uma boneca, se colocado sob os olhos atentos de uma criança, vira binóculo ou luneta, se sobre a boca, microfone ou alto falante. Os materiais não estruturados são aqueles que não têm um propósito específico ou uma maneira certa de serem usados, o que permite que as crianças brinquem de várias maneiras e usem sua imaginação para dar significado.
E você, consegue se lembrar de algum tipo de material que se transformou em algo significativo? Já fez aquele galho no meio do caminho de bengala ou espada, ou usou pedrinhas para criar formas e inventar objetos e animais? Observou os desenhos no azulejo enquanto tomava aquele banho demorado de criança e descobriu uma porção de rostos diferentes? Já fez sacola de pipa, ou amarrou várias blusas de frio juntas para virar uma boneca? Usou materiais recicláveis para criar carrinhos, aviões ou até mesmo bonecos?
É este tipo de infância que propomos para nossas crianças através do brincar, do brincar livre e do brincar com materiais não estruturados. A infância o qual você foi exposto pela simplicidade dos tempos antigos e que nós, enquanto escola, buscamos resgatar.
Hábito 3 - Faça primeiro o mais importanteO hábito do gerenciamento pessoal
Tania Lima - Professora do 5º ano do Ensino Fundamental I
Por Tania Lima - Professora do 5º ano do Ensino Fundamental I
“ As coisas mais importantes jamais devem ficar à mercê das menos importantes.”
Johann Goethe
Você já percebeu que nosso dia-a-dia parece cada vez mais cheio de afazeres e compromissos? Já se perguntou se está conseguindo planejar seu dia ou semana fazendo primeiro o mais importante?
Hoje vou falar um pouco sobre o Hábito 3 - Faça primeiro o mais importante.
O terceiro hábito é colocar em prática os Hábitos 1 e 2, nos quais nos colocamos como protagonistas de nossas vidas, fazendo escolhas responsáveis, começando com um objetivo em mente, conseguindo distinguir importante e necessário do circunstancial; urgente e/ou passageiro, ou seja, cuidar do que é essencial para tornar realidade os sonhos e objetivos.
Você consegue pensar em algo que poderia fazer regularmente - mas não faz no momento - e que teria um impacto positivo e expressivo em sua vida profissional e pessoal?
Comece focando em suas prioridades - O gerenciamento do tempo está dividido em quatro maneiras: urgente, não urgente, importante e não importante.
Quadrante I - Assuntos urgentes e importantes
São as atividades que devem ser realizadas imediatamente, não podem ser deixadas de lado.
Neste quadrante estão situações como, por exemplo, crises, reuniões emergenciais, prazos de última hora, problemas urgentes e eventos inesperados. Muitas coisas dependem disso, por isso não pode ser adiada.
Quadrante II - Assuntos importantes e não urgentes
São atividades que precisam ser realizadas, porém não imediatamente, podem ser planejadas a curto, médio ou longo prazo.
Neste quadrante estão todas aquelas tarefas que não são casos de vida ou morte, mas são determinantes para a qualidade de vida ou bem-estar.
Neste espaço também estão trabalho proativo, objetivos importantes, pensamento criativo, planejamento e prevenção, construção de relacionamentos, aprendizado e renovação e lazer. Para focar nosso tempo no Quadrante II, temos que aprender a dizer “não” a outras atividades que, às vezes, parecem urgentes. Quando conseguimos nos manter no quadrante II nos mantemos no centro de uma gestão pessoal eficaz.
Quadrante III - Assuntos não importantes e urgentes
São as atividades que são urgentes, porém te distanciam de atingir seus objetivos. Nesse quadrante estão as distrações como: interrupções desnecessárias, reuniões irrelevantes, problemas secundários de outras pessoas, e-mails, ligações telefônicas, distrações e atividades irrelevantes.
A urgência dessas questões, em regra, se baseia nas prioridades e expectativas de outras pessoas.
Devemos evitar o quadrante III, pois quando perdemos tempo com distrações dificilmente conseguimos atingir nossos objetivos em mente, lembre-se de fazer primeiro o mais importante e não o urgente.
Quadrante IV - Assuntos não importantes e não urgentes
São as atividades corriqueiras, que não são importantes e nem possuem urgência para serem realizadas.
Muitas vezes desperdiçamos nosso tempo com o quadrante IV, pois perdemos muito tempo do nosso dia verificando redes sociais, com bate papo furado, programas de TV, games internet e atividades banais.
Quando dedicamos nosso tempo nesse quadrante estamos sendo irresponsáveis, isso muitas vezes leva pessoas a serem demitidas de empregos, a serem altamente dependentes dos outros e relacionamentos fracassados.
Auto avaliação do quadrante
Agora que você já conhece o Hábito 3 e os 4 quadrantes, faça a si mesmo as seguintes perguntas regularmente, assim você conseguirá atingir com mais eficácia seus objetivos em mente.
Em que quadrante estou no momento?
Por que estou aqui?
Há quanto tempo estou aqui?
Quais as consequências de ficar aqui?
O que eu posso fazer para mudar?
“ Se você me perguntasse qual prática resultaria em uma vida mais equilibrada e produtiva, eu diria: planeje sua semana a cada semana, antes que ela comece.”
Stephen R. Covey