Setembro Amarelo: Saúde Mental
Por Talita Rípoli - Psicóloga e Thais Lima - Mestre em Gestão em Educacional
Por Talita Rípoli - Psicóloga e Thais Lima - Mestre em Gestão Educacional
Setembro é o mês da campanha anual da conscientização sobre a saúde mental e prevenção ao suicídio. É de extrema importância trazer luz ao assunto, afinal, cuidar da nossa saúde mental é fundamental para que possamos viver uma vida funcional, cuidando do nosso bem estar emocional, psicológico e social.
Para que possamos refletir sobre a importância da saúde mental em nossas vidas é indispensável compreender o que isso significa de verdade. O que é saúde mental? Existe relação entre a saúde física e mental? O que é ter uma vida funcional? Por que isso é importante? Quais são os problemas que podemos desenvolver se não estivermos atentos a esses fatores?
A saúde mental refere-se ao bem-estar emocional, psicológico e social de uma pessoa. Ela afeta como pensamos, sentimos e agimos ao lidar com a vida. A saúde mental também influencia a forma como lidamos com o estresse, nos relacionamos com os outros e tomamos decisões. Ter uma boa saúde mental não significa a ausência de problemas ou desafios, mas sim a capacidade de enfrentá-los de maneira positiva e produtiva.
Problemas de saúde mental podem influenciar comportamentos de risco, como alimentação inadequada, falta de atividade física, abuso de substâncias e não aderência a tratamentos médicos, o que pode causar problemas em nossa saúde física. Por outro lado, a prática de atividade física regular está associada a uma melhor saúde mental. O exercício libera endorfina - conhecida como hormônio da felicidade, que ajuda a melhorar o humor e reduzir sintomas de depressão e ansiedade.
Portanto, saúde mental e saúde física estão profundamente interligadas e devem ser abordadas de maneira integrada para garantir o bem-estar geral. Cuidar de uma geralmente resulta em benefícios para a outra, esse é o caminho para se ter uma vida funcional, saudável.
Como a saúde mental afeta diretamente a maneira como lidamos com os problemas, a nossa capacidade de nos reconhecermos, nos expressarmos tomar decisões e gerenciar emoções de forma mais saudável, é importante também nos atentarmos para como nos enxergamos, ter uma visão mais positiva sobre nós mesmos, fazendo a manutenção do auto conhecimento e auto estima. Isso faz bastante diferença na tomada de decisões e no conhecimento das habilidades de recuperação e adaptação em situações estressantes e desafios do nosso dia a dia, que são inevitáveis e imprevisíveis.
A maneira como nos relacionamos com as pessoas em nosso meio social e em como tomamos decisões pode interferir muito na maneira como nos sentimos, afinal ter relacionamentos mais saudáveis nos proporciona uma melhor qualidade de vida.
Problemas de saúde mental podem se manifestar de diversas formas e muitas vezes podem ser negligenciados por quem sente, uma vez que não são visíveis aos olhos, são apenas sentidos. Além disso, poucas pessoas reconhecem esses sentimentos como sintomas, muitas vezes eles podem ser confundidos com situações cotidianas, ou até mesmo interpretadas como fraqueza de quem sente.
Quando não tratados, alguns transtornos podem ser desenvolvidos, e estes podem afetar significativamente a qualidade de vida e funcionamento de uma pessoa, alguns deles são ansiedade, estresse e depressão.
Quando identificadas, a busca por ajuda é fundamental. A saúde mental não está só relacionada com a saúde física, elas estão interligadas, afinal nosso cérebro também é um órgão e precisa de cuidados como qualquer outro. Não temos dúvidas de que quando quebramos um osso, procuramos logo por um médico ortopedista, e depois, na sequência do tratamento, buscamos outro profissional importante, o fisioterapeuta, pois cada um com sua especialidade contribui de forma muito clara e fundamental em nossa recuperação. Mas e quando temos um problema de saúde mental? Que profissionais podem nos ajudar?
Falaremos sobre eles em nosso próximo texto, não percam, nos vemos em breve.
O impacto da alimentação saudável na qualidade de vida
Por Dra. Alessandra Roggerio - Nutricionista
Por Dra. Alessandra Roggerio - Nutricionista
Quando pensamos sobre qualidade de vida normalmente associamos, de forma intuitiva, ao “sentir-se bem”. Embora a qualidade de vida envolva a avaliação do bem-estar geral de um indivíduo na sociedade, seu conceito é muito mais abrangente. Com uma visão multidimensional, o conceito de qualidade de vida compreende um conjunto de fatores relacionados com a condição física, social e psicológica dos indivíduos. Sendo assim, esta noção de qualidade de vida vai ao encontro dos principais fatores que a influenciam: a saúde, o trabalho e o meio ambiente.
Muitas evidências mostram que a saúde é fundamental no processo de busca de qualidade de vida. Como um exemplo, é possível imaginar que uma boa saúde permite que o indivíduo tenha mais disposição para realizar o seu trabalho, e com o seu salário a possibilidade de ter lazer e melhorar o seu humor. Também tem a possibilidade de tornar o seu lar mais confortável e adequado para o seu convívio em família. E assim, como em uma corrente do bem, a sua percepção de qualidade de vida também será melhor.
Uma alimentação saudável é um pilar fundamental para garantir uma qualidade de vida satisfatória. O que colocamos em nossos pratos tem um impacto direto em nossa saúde física e mental, afetando nossa energia, disposição e bem-estar geral.
A composição exata de uma dieta diversificada, equilibrada e saudável varia de acordo com as características individuais de cada pessoa (idade, sexo, estilo de vida e grau de atividade física), contexto cultural, alimentos disponíveis localmente e hábitos alimentares. Uma dieta equilibrada deve incluir uma variedade de alimentos, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura. Esses alimentos fornecem os nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, proteínas e fibras, que o corpo necessita para funcionar adequadamente.
Ao optar por alimentos naturais e minimamente processados, reduzimos a ingestão de gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio em excesso, fatores que estão associados a várias doenças crônicas, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
Além disso, uma alimentação saudável está intrinsecamente ligada à prevenção de doenças. Há milhares de anos, Hipócrates já afirmava: “que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. Estudos têm mostrado que uma dieta rica em antioxidantes, presentes em frutas e vegetais, pode ajudar a proteger as células do corpo contra danos causados pelos radicais livres, reduzindo o risco de câncer e envelhecimento precoce.
A qualidade de vida não se resume apenas à saúde física, mas também à saúde mental. Uma dieta equilibrada pode influenciar nosso humor, níveis de energia e até mesmo nossa capacidade cognitiva. Alimentos ricos em ômega-3, como peixes, nozes e sementes de chia, têm sido associados a melhorias na saúde cerebral e na redução do risco de depressão.
No entanto, a alimentação saudável não deve ser encarada como uma restrição, mas como uma oportunidade de explorar novos sabores e hábitos alimentares. Moderações e escolhas conscientes são a chave para manter uma dieta sustentável a longo prazo.
Em resumo, a relação entre alimentação saudável e qualidade de vida é inegável. Ao adotarmos uma abordagem equilibrada em nossa dieta, estamos investindo no nosso bem-estar presente e futuro, permitindo-nos desfrutar de uma vida mais plena, ativa e saudável. Portanto, escolher o que colocamos em nosso prato é uma das decisões mais importantes que podemos tomar para cuidar de nós mesmos.